I Kissed A Girl - Cap. 12

Demi narrando

  Acordei nos braços da (s/a), ela estava dormindo, já estava escuro e a tv estava desligada. Sorri inconscientemente, eu sabia que estar assim com ela não era certo por estar namorando, mas era tão bom e eu estava tão feliz, como há tempos não ficava com o Will. 
- Tudo bem? - Ela abriu os olhos lentamente.
- Sim, mas já é noite. - Lhe dei um beijo carinhoso, ela parecia um neném.
- Qual o problema? - Falou entre bocejo e me abraçou.
- Nenhum, mas tenho que ir tomar banho e conversar com a Nikki.
- Pra pegar a chave?
- É... Isso, pra pegar a chave. E já estou começando a ficar com fome, nos encontramos no restaurante em uma hora?
- Acho que não, vou pedir alguma coisa aqui no quarto mesmo. - Ela parou de me abraçar.
- Hm, ok. Volto aqui depois do banho então.
- Melhor não, vai la jantar com a sua equipe.
- OK. - Tinha entendido que ela não me queria durante o jantar, então achei melhor ir logo embora. Me levantei da cama. - É... - Eu fiquei tão chateada com ela não querer jantar comigo que não conseguia falar. - Mais tarde passo aqui pra pegar as compras.
- Não se incomode, chamo alguém para leva-las pro seu quarto. - Eu não estava acreditando nisso, queria muito soca-la.
- Entendi, tchau.
  Sai sem dar chance pra ela falar alguma coisa, mas pela forma que ela estava agindo acho difícil que ela quisesse dizer qualquer coisa. Fui para o meu quarto, preparei meu banho e liguei o skype com a Marissa:
- Demi, não quero te ver tomando banho.
- Calada.
- O que foi doçura de amiga?
- A (S/n).
- O que tem ela? Achei que essa aventura já tinha passado.
- E passou, quer dizer, eu achei que tinha passado, eu tentei, mas...
- Demetria Devonne Lovato, você tentou mas????
- Foi o destino. - Marissa começou a rir feito uma idiota.
- O destino? O que o destino ousado lhe fez? - Ela ainda ria.
- Para! É sério.
- Eu acredito.
- Você está vermelha de tanto rir.
- Desculpa. Vai me conta.
- Eu perdi o avião e... Ah, longa história, mas pra resumir, encontrei ela no avião, na poltrona ao meu lado, nos pegamos no banheiro...
- Demi!
- Não me interrompe! - Contei tudo até agora.
- OK, mas me parece que teve um dia incrível com sua amante, por que está com essa carinha de preocupada e triste? Claro, tirando o fato de estar traindo seu namorado com uma mulher.
- Ai Marissa, que coisa! Primeiro, ela não é minha amante e segundo, não to traindo ninguém.
- Me desculpa, não sabia que você e o Wilmer têm um relacionamento aberto.
- Não temos, para de gracinha.
- Tudo bem, prossiga.
- A questão é que ela está mexendo comigo, de verdade. Só que ela está parecendo mais bipolar que eu.
- Impossível!
- Foda-se! Tem horas que ela é um amor, a forma como ela me trata, o carinho dela, o sorriso... Tudo me faz querer sorrir o tempo todo. Mas aí ela decide me tratar indiferente e fica distante, como se não quisesse ficar perto de mim, sendo que cinco minutos antes estávamos super em sintonia.
- Vai ver ela tem mais juízo que você.
- Otária! 
- É sério, quer dizer, não da forma que falei. Mas já pensou o que deve estar passando na cabeça dela, isso é, se ela realmente pensa nisso como você. Você é Demi Lovato, namora o Wilmer Valderrama e ela é uma mulher que faz sei lá o que da vida. Se, e somente se, ela realmente estiver interessada da maneira que você aparenta estar...
- Qual é, não é assim também.
- É pra eu fingir que não te conheço melhor que você mesma? Ok, vou entender esse olhar como uma permissão pra continuar. Olha, só não força nada, deixa acontecer, deixa ela mostrar o mesmo interesse, se ela realmente quiser ela vai te procurar. E se ela quiser deve estar confusa.
- E se eu desconfundir ela?
- Demi!
- Taaaa, já entendi. Agora vou terminar o banho, essa banheira já me deixou toda enrugada, estou morrendo de fome. Brigada, tchauzinho, beijos.
- De nada, te amo. Qualquer coisa estou aqui.  - Terminei meu banho o mais rápido possível, alem de eu estar morta de fome já estava atrasada, Nikki já havia me ligado por vezes.

Você narrando

  Pedi meu jantar no quarto e, embora eu estivesse com muita fome, não estava com vontade de comer. Aquelas sacolas da Demi me rodeavam, era como se ela estivesse aqui, mas ela não estava. Eu não deveria ter a tratado daquela maneira, mas ela está me deixando tão confusa, porra, ela namora e fica me beijando e me tratando maravilhosamente bem.
  Ela estava em tudo, mas não aqui, não aqui de verdade, e eu queria que ela estivesse, mas não era possível, era errado, ela estava na minha cabeça, no meu quarto, na bagunça da minha cama e na porcaria do canal de filmes. Eu queria jantar com ela, eu queria rir com ela, por que eu não fui jantar com ela? Qual o meu problema? Isso não pode ficar assim, ela não pode invadir tudo e querer estar em tudo e querer que eu aceite isso, é errado, ela namora e eu... Bem eu estou tão confusa com isso.
  Com muito esforço terminei de comer, depois disso peguei o computador e fui trabalhar na reunião de amanhã. Nem preciso esclarecer que era impossível me manter concentrada com a Demi "por ali", então decide chamar alguém pra devolver as compras a ela. Não demorou muito e alguém chegou:
- Olha ela está no quarto ao lado, ia sair pra jantar, mas não sei se já chegou. Se ela não tiver chego guarde em algum lugar ou no próprio quarto dela, tenho certeza que ela não irá se importar. É que aqui está me atrapalhando. 
- Sem problemas. - Ajudei a camareira a colocar todas as sacolas no carrinho para ir mais rápido.
  Assim que ela saiu consegui me focar mais nas pautas da reunião, não era nada de mais, mas isso não significa que não exigia meu bom desempenho.

Demi narrando

  Fiquei o jantar inteiro em silencio, o que é realmente muito estranho vindo de mim a maior tagarela da equipe, então todos perceberam. Por isso terminei de comer e logo corri pro meu quarto para não ser questionada.

  Passei pelo quarto da (S/n), pensei em bater na porta, afinal as luzes estavam acesas, mas lembrei do que a Mary disse e talvez fosse melhor deixar ela em paz, no seu próprio tempo. 

  Havia um carrinho do lado de fora do meu quarto e a porta estava aberta, entrei e não acreditei que as sacolas de compras estavam lá, tinha uma camareira as posicionando em um sofá.

- Olá!? - Disse meio confusa.

- Oi. Demi né? A senhorita do quarto ao lado me pediu pra entregar a suas compras porque elas estavam lhe atrapalhando. Desculpa, já estou de saída. - Demorei um pouco pra processar as informações.

- Não tem problemas, obrigada. Já está tudo aqui, tem mais alguma no quarto dela?

- Não, tudo que ela me deu já está aqui, quer conferir?

- Não, não, está tudo bem. Pode ir e obrigada novamente. - Dei uma gorjeta pra moça e ela foi embora.

  Quer dizer que minhas compras estavam atrapalhando aquela babaca, ridícula e que me deixa louc.... Aaaai que raiva! Não estou acreditando que mesmo depois dela ter sido uma otária comigo eu ainda posso pensar nela dessa forma. Me deitei um pouco pra entender o que estava acontecendo, mas era impossível.

  Mesmo que minha raiva seja enorme eu estava louca pra ir vê-la. Comecei a pensar em algum motivo para ir até lá, mas tudo parecia muito idiota, só o fato de eu estar pensando nisso já era muito idiota, eu era uma idiota por ainda estar querendo encontra-la depois do fora que ela me deu. 

  A verdade é que quero ir mata-la, estou com muita raiva! E olhar aquelas compras me deixava mais irritada, vi a sacola onde estava o presente que comprei pra ela e... E é isso, é isso que vou usar pra ir vê-la. 

  Peguei o presente, respirei fundo, quanto drama, e fui até a porta dela. 

- Quem é? - Sua voz estava pesada, parecia exausta.

- Sou eu. - Não demorou nada e ela abriu.

- Estava faltando alguma coisa? - Tentei olhar dentro do quarto, mas só vi muitas pastas e papeis espalhados.

- Está tudo bem?

- Na...

- Quer saber, não importa, você não se importa comigo e eu não me importo com você, simples assim não é? Quer dizer, não somos nadas, não somos lésbicas, não nos gostamos e nem...

- Não nos gostamos? - Ela falou tranquila, o quer era estranho, já que ela normalmente é a estressada e eu a calma, e foi aí que percebi o que falei. Eu estava gostando dela?

- Não é sobre isso que se trata a nossa conversa

- Nosso monólogo você quis dizer.

- (S/n), nem sei se vai ir amanhã, porque não me respondeu nem mesmo com o não para o jantar, mas de qualquer forma comprei isso pra você e estava me "atrapalhando". - Fiz as aspas e estreguei na mão dela. - Era pra você usar amanhã, mas faça o que quiser, se estiver te atrapalhando...

- Demi você está vermelha, não se esqueça de respirar. 

- Não me interrompe. E não abra comigo aqui, espere eu sair. - Virei as costas pra ela e fui para o meu quarto.

- Foi otimo te ver também. - Pude ouvi-la falando.

  Eu me sentei e estava chorando. Oi? Sério? Eu estava chorando?? Não acredito. Por que disso? Aquela, aquela, aquela linda. Por que fui tratar ela daquela forma? Nem dei oportunidade pra ela se explicar.

Você narrando

  Eu abri o presente da Demi depois que ela parou de me atacar, eu meio que estava rindo do quão louca ela é, mas por outro lado eu estava triste por ela ter dito que não nos gostamos, eu gosto dela, posso não assumir, e negar, mas ouvir isso em voz alta e vindo dela é horrível. 

  Mas assim que vi o lenço lindo que ela me deu fiquei feliz novamente, um bilhete acompanhava ele:

  Bravinha, obrigada pelo almoço, obrigada pelo apoio no avião e pelo amaço nele também. Obrigada principalmente por me fazer rir. Enquanto eu fazia minhas compras, embora você tenha me abandonado, você não saia da minha cabeça e decidi comprar o lenço, torcendo pra você usa-lo no GMA amanhã, espero que vá. As manhãs em NY são frias, se mantenha aquecida! 

  Depois de ler isso eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser beija-la. Fui até seu quarto e bati insistentemente na porta até ela abrir.

- Demorou!

- Desculpa eu... - A beijei sem pensar em qualquer outra coisa. 

   Foi um beijo muito desejado e esperado, mesmo que não fizesse muito tempo do nosso ultimo beijo. Queria tanto esse beijo, eu queria tanto ela, não da pra negar, ela mexe comigo, ela me impressiona, eu tenho sentimentos por ela, sentimentos ainda não identificados, mas que com certeza existem e são intensos. Nossos lábios se tocavam e deslizavam rapidamente, era doce, com direito a passadas de mãos e puxadas no cabelo. Mas o mais importante foi que não havia pensamento de culpa nesse beijo. Era um beijo com gosto do pecado, mas com a sensação de liberdade. 
- Então quer dizer que as manhãs nova-iorquinas são frias? - Perguntei após finalmente conseguir largar seus lábios, que estavam mais rosados que nunca, ela sorriu ligeiramente. - Desculpa. - Falei e saí em disparada para o meu quarto.

Demi Lovato

  Que... O que... Oi? O que acabou de acontecer aqui? Essa menina vai me enlouquecer. Ela vem no meu quarto, depois de eu acabar com ela, me da um beijo maravilhoso, que só ela tem, depois me pede desculpas, sendo que eu que fui super grossa e vai embora. É ou não pra eu querer mata-la?

  Eu não ia ficar mais aqui me questionando, eu deveria ir lá questiona-la, e é o que farei. Sai do quarto e lembrei que já estava de pijama, pensei duas vezes antes de ir dessa maneira, mas não me aguentei, faço babaquices na presença dela, e posso culpa-la por isso... Ou não.
- (S/n) abre! - Ela deveria estar atras da porta, porque a rapidez com que ela abriu foi incrível.
- Entra! 






Olha!! Dois capítulos em uma semana kkkkkk que evolução, não se acostumem... Ainda. Bom, ta aí meus amores, comentem pra Bibia aqui ficar feliz! Sugestões, opiniões, reclamações, é tudo valido e construtivo, quer dizer, quase tudo valido, ofensa é meio sacanagem. Kisses!! ;)