YMMG - Capítulo 30

Demi narrando

- Ah é você. - Disse sem ânimo, mas a verdade é que estava feliz por ela ter vindo mesmo eu dizendo que não, como posso ser tão idiota!? A garota tava nos braços de outro e só porque veio me ver eu fico toda boba, saco!
- Vou deixar vocês sozinhas, comportem-se. - Minha mãe falou se retirando.
- Posso me sentar? - A (SeuNome) disse se aproximando da cama.
- Não! - Eu falei rude, mas tudo que eu queria dizer era, deita aqui do meu lado, de preferência NUA.
- Ok, então eu me ajoelho. - Que tonta, a tonta mais linda.
- Senta logo. O que você quer?
- Almoçar com você. - Ela abriu um lindo sorriso.
- Hm, disse que não queria almoçar e que não era pra você vir aqui.
- O que sua mãe quis dizer com "comportem-se"? - Ela tava me ignorando ou o que?
- Contei pra ela que estávamos saindo. - Acho que não deveria ter dito no passado.
- Estávamos? - Ela me perguntou de um modo que fez doer meu peito, só de me imaginar sem ela, como isso é possível? Me doer por alguém que conheço a tão pouco tempo?
- Estamos saindo agora?
- Acho que não. - Ela disse triste, isso me doeu ainda mais. - Mas não por minha escolha.
- Talvez estivéssemos, se você não estivesse ocupada com um cara qualquer. - Merda! Não queria que ela soubesse que estou com ciúmes, eu nem deveria ter ciúmes.
- Do que está falando?
- Nada (SeuNome)!
- Começou agora termina! - Legal já estávamos ficando irritadas. - E se não é nada por que me chamou de (SeuNome), Demetria?
- Não me chame de Demetria! Eu achei que esse fosse seu nome.
- Como você é engraçada.
- Não tanto quanto o cara que estava te agarrando mais cedo, mesmo assim obrigada.
- Que cara!?
- Não sei, talvez você queira me contar, se não, tanto faz, não me importo.
- Se você não se importa ok, mas eu me importo e é por isso que estou aqui! - Odeio dar razão a ela, mas ela está errada, como ela pode se importar agora se antes ela estava com aquele tiozinho. Fiquei em silêncio. - Odeio quando você fica quieta, pensando e não fala nada, daria qualquer coisa pra saber o que passa na sua cabeça. - Essa é fácil, ela, é ela que passa o tempo todo pela minha cabeça. - Demi de quem você está falando? Ninguém, alem de você, me agarrou desde que cheguei nesse país. Me fala, deixa eu entender pra poder te esclarecer as coisas. - Ela falou de uma maneira tão delicada e doce, não conseguia vê-la se agarrando com alguém alem de mim nesse momento.
- Eu não sei quem era, decidi ir te pegar mais cedo, pra fazer uma surpresa, e quando cheguei te encontrei na porta do seu apartamento sorrindo e abraçando um cara.
- O Arthur?
- Não sei, já disse, não conheço esse tal Arthur.
- Bom, deve ter sido, foi o único homem que abracei e achei ter te visto, na verdade ter visto sua bolsa, mas pensei que alguém, por coincidência, tinha uma bolsa igual a sua.
- Saiba que essa bolsa é exclusiva. E então você assume ter agarrado alguém?
- Não! Porque eu não agarrei ele, eu abracei ele, é diferente.
- Com certeza é. - Falei triste.
- Dem! - Não me chame assim por favor. - Eu só estava abraçando ele, não precisa ficar com ciúmes.
- Quem disse que estou?
- Não está?
- Não!
- Parece.
- Esse Arthur é aquele que você me falou? - Fala que não, fala que não, ela não pode ter se reencontrado com o ex, com seu primeiro amor, que é perfeito, mas a distância os impediu de ficarem juntos.
- Sim.
- Porra! - Oops!
- O que foi menina? Olha a boca!
- Não foi nada, me machuquei. - Você me machucou, machucou meu coração, ai meu Deus que nojo, essa frase foi muuuito melosa.
- Quer beijinho? - Querooo.
- De você? Não, obrigada.
- Como é chata meu Deus!
- Não use o nome de Deus em vão e você é chata, não eu.
- Ok, me desculpe Senhor.
- Tonta!
- Eu sou chata e tonta?
- Pra você ver o que eu sofro.
- Se depender de mim, nesse sentido, vou fazer você sofrer pelo resto de nossas vidas. - Awwwnnnn.
- E o que esse tal está fazendo em LA?
- Esse tal seria o Arthur?
- Esse aí.
- Está trabalhando, por que a pergunta?
- Só curiosidade. E desde quando sabe disso?
- Fiquei sabendo hoje quando ele apareceu no meu apartamento.
- Ah, claro, ele ficou sabendo que você está aqui, te procurou, te encontrou e foi atrás de você.
- Foi exatamente assim.
- Ta escrito babaca na minha testa? - Ela me olhou. - Não responde! - Ela riu.
- Demi ele foi me ver e estávamos com saudades um do outro, ele ainda é um grande amigo e esteve comigo em momentos difíceis.
- Aham, sei.
- Meu relacionamento com ele é parecido com o seu e do Wilmer.
- O que o Wilmer tem a ver com isso? - Perguntei irritada.
- Ei calma, só quis dizer que eu e o Arthur já namoramos e agora somos amigos.
- Ta.
- Você acredita em mim?
- Não tenho nenhum motivo pra ficar acreditando ou desconfiando de você.
- Mas já te disse que não tenho o porque esconder algo de você.
- Você não me deve explicações. - Disse seria e aumentando o tom de voz.
- Devo sim! - Ela também aumentou o tom de sua voz.
- Quem disse? 
- Eu! 
- E por que? - Estávamos berrando.
- Porque eu te amo! - Meu mundo parou, ela já havia dito que me amava outras vez, mas nunca me pareceu tão serio quanto dessa vez, das outras era mais por causa de alguma brincadeira, conseguia ver verdade em seus olhos, aquilo me deixou tão feliz, só queria abraça-la e dizer que também a amo, mas não poderia dar o braço a torcer agora. - Demi, eu não estava me agarrando com ninguém, eu te amo e é só você que eu quero que me agarre e que eu quero agarrar. - Aquilo me causou um calafrio, é difícil acreditar em um eu te amo quando você já ouviu vários que eram mentira, mas dessa vez eu queria lutar contra eu mesma para poder acreditar. - Não vou mentir, quando abri a porta pra ele senti meu coração bater forte, mas depois percebi que isso era só por conta da saudade e do carinho que tenho por ele e que só fui correndo abrir a porta, quase caindo, tropeçando e quebrando coisas, porque pensei que fosse você, percebi que, mesmo querendo sair com ele pra por o assunto de anos em dia, eu queria que você chegasse imediatamente, pra gente se ver, ficar juntas, sozinhas e matar a saudade de algumas horas, sabe queria aproveitar com você o almoço porque eu sabia que depois você iria ficar com a Marissa e porque amanhã começam minhas aulas e sei que terei menos tempo com você. - Ela falava com uma voz de choro, ela não pode chorar, ela parecia tão triste, sincera e arrependida. - Não me castigue dessa forma, eu te amo muito, você quer ficar brava, vá em frente fique, mas não diz que não estamos mais saindo, não diz que não temos mais nada, eu preciso de você teimosinha, eu preciso de você me chamando de chatinha. - Ela deu uma pausa e uma ou duas lagrimas desceram de seus olhos, não faz isso. - Pode me bater da mesma forma que faz quando faço alguma brincadeira estúpida, fique grossa, me de patadas, mas não me deixe, não diga que tanto faz ou que não se importa. - Algumas lagrimas também rolaram pelo meu rosto, sou muito emocional, fazer o que. - Não chora. - Ela limpou uma de minhas lágrimas.
- Mas você também está chorando. - Disse entre soluços.
- Mas eu aguento chorar, não aguento ver você chorar. - Oh Deus!
- Por que você é assim? Por que você faz isso? - Ela me olhou confusa. 
- Do que está falando? 
- Estou falando de você, do jeito que você fala as coisas, do jeito que você me trata, por que você é tão confusa?
- Acho que também sou bipolar. - Nós rimos.
- Talvez seja. 
- Me desculpa por ser assim e me desculpa por ter abraçado o Arthur da forma que abracei?
- Não se desculpe por ser como você é, gosto de você exatamente assim, e talvez, mais só talvez, eu tenha exagerado um pouco em relação ao Arthur.
- Como pode ser tão teimosinha? - Mostrei a língua pra ela. - Eu quero você e não o Arthur.
- É que eu tenho medo chatinha. - Deitei minha cabeça em seu colo.
- Medo do que, doida?
- Sei lá, sabe que sou insegura.
- Não deveria ser.
- E porque não? 
- Porque você é linda, perfeita e porque eu te amo. - Que mordivel.
- Não parece.
- O que não parece? 
- Que você me ama.
- Por que?
- Por que não me deu oi ou um beijo quando chegou. - Fiz biquinho.
- Ai que coisa mais fofa! - Ela apertou minas bochechas.
- Ai!
- Desculpa, Por que será que não te dei oi ou te beijei?
- Porque é uma tonta e fica perdendo tempo.
- Ah é?
- Aham.
- Não foi porque você estava toda enciumada e brava?
- Claro que não! Eu não estava brava, quem dirá enciumada.
- Ta bom, vou fingir que acredito, chega de brigas por hoje.
- Você sabe que a gente ainda vai brigar umas duas ou três vezes ainda hoje né?
- Aham.
- E se não quiser começar uma delas agora acho bom me beijar.
- Tudo bem, mas só porque quero evitar briga e não porque quero te beijar.
- Ah, então você não quer me beijar!? - Me levantei de seu colo e fiquei a encarando. 
- E lá vamos nós. - Eu ri do jeito que ela falou, ela me faz tão feliz.
- Boba.
- Linda. - Ela se aproximou pra me beijar e eu afastei um pouco a cabeça.
- Então agora você quer me beijar?
- Para de ser besta, quero te beijar seeeeeempreeeeeeee! E você ama uma briga né?
- Aham e você é beeeeeem exagerada né?
- É. E por isso vou te matar de tantos beijos. - Ela se deitou em cima de mim e começou a encher minha cara de beijos, quando ia beijar minha boca...
- Meninas, oops desculpa, mas vocês não vão almoçar? - Minha mãe apareceu e a (SeuNome) saiu muito rápido de cima de mim.
- Sem problemas mãe, só estávamos brincando. - Pisquei pra minha linda.
- Brincando né? E eu nasci ontem. - Minha mãe e essas piadas suuuper engraçadas, só que não.
- Ai mãe, nós já vamos comer.
- Ok, já entendi, to saindo. - Ela se retirou.
- Aonde pensa que vai tão rápido assim? - Perguntei pra (SeuApelido), que já tinha se levantado.
- Almoçar, estou com fome, já que certa pessoa não fez o que estava combinado.
- A culpa foi sua.
- Minha!? - Ela fez uma cara tão engraçada, tive que rir. - Do que ta rindo?
- Nada, nada. - Me aproximei dela e a abracei. - Ainda estou viva.
- Graças a Deus! - Ela ergueu os braços e depois me abraçou.
- Isso significa que não me deu beijos o suficiente.
- Você parece uma criança, a mais linda delas, mas ainda assim uma criança. E onde falta dar beijo?
- Pode começar dando um de tirar o folego na minha boca, depois faço você dar os outros em outros lugares. - Disse maliciosa e ela me puxou para mais perto e me deu um beijo cheio de paixão, desejo e, o mais importante, amor!
 Terminamos o beijo e ficamos com os rostos colados, ela como sempre de olhos fechados e eu observava seu sorriso, dei mais um selinho nela e disse entre o beijo:
- Eu te amo. - Falei bem baixinho, mas com toda sinceridade, pude sentir seu corpo se arrepiar, ela abriu os olhos.
- O que você disse? - Soltei um risinho.
- Que eu te amo. - Ela tentou se afastar um pouquinho de abraço pra me ver melhor, mas eu não permiti que ela se afastasse de mim.
- Demi! - Ela disse meio assustada e meiga.
- O que? - Tentei imita-la.
- É a primeira vez que você diz me amar.
- Sim, já estava na hora, não acha?
- Acho que você só deve falar quando estiver pronta e realmente sentir isso.
- Exato, já está mais do que na hora.
- Gostei de ouvir isso, pode repetir?
- Exato, já está mais do que na hora. - Eu sabia que não era isso que ela queria ouvir, mas brinquei com ela, a mesma me lançou um olhar mortal. - To brincando, repito quantas vezes você quiser.
- Eba!
- Mas tem uma condição, criança.
- Pode falar adulta.
- Você não pode me machucar e...
- Mas eu nunca...
- Shhhhiu, cala a boca, ainda não terminei.
- Que grossa!
- Você mesma disse que eu poderia ficar brava, ser grossa, te bater, agora fique quieta.
- Ok!
- E vai ter que me levar nas costas pra casa da minha mãe.
- Dem, aí são duas condições.
- Tanto faz, vai aceita-las ou não?
- Bem, te machucar não está de forma alguma nos meus planos, então ok, agora te carregar nas costas... - Ela parou e fingiu estar pensando. - Não sei se aguento essa sua bunda.
- Vaca!
- Vaca não! Prefiro cachorra.
- Late pra mim!
- Sua mãe está nos esperando.
- Vou te cobrar.
- Ok, sobe aí vai. - Ela se abaixou para que eu pudesse subir, pulei, só estava brincando, mas ela levou a serio.
- Não bebê! - Eu estava com muito medo de cair. - Não, era brincadeira, para! - Eu esperneava na suas costas.
- Agora vai ter que aguentar.
- Na verdade quem tem que aguentar é você. - Estávamos atravessando o quintal para ir para casa da minha mãe. - Vai escrava, anda, rápido, estou com fome.
- Folgada! - Entramos pela porta da cozinha da minha mãe.
-Crianças, sem brincadeiras na cozinha, por favor. - Meu pai nos olhou.
- Desculpa. - Falamos juntas e rindo, a (SeuNome) tentou se controlar um pouco mais.
- Foi mal pai.
- Pelo jeito se resolveram. - Minha mãe falou.
- Não consigo ficar brigada com quem amo. - Abracei de lado a (SeuApelido).




 Adivinha quem fez um esforcinho e conceguiu postar hoje!? Genteeeee, sei que vocês esperavam o inicio do namoro, mas tenho uma ideia para o pedido, do tipo, onde vai ser, quem vai fazer e tal, então esperem só mais um pouquinho. Pra mim um "eu te amo" é bem especial e nesse cap teve o primeiro eu te amo, achei fofo, e também a family da Demi ficou sabendo de vocês. Espero que gostem, comeeeeentem!! Mandem as perguntas na ask http://ask.fm/SonhoDeLovatics