YMMG - Capítulo 15

 A porta se abriu e a Amanda apareceu atrás de nós.
-  Esqueci uns documentos. - Falou a Amanda. - Oops! Me desculpem, não queria atrapalha-las. - Disse percebendo que destruiu todo o clima que tinha entre eu e a (SeuApelido).
- Sem problemas. - Disse rindo, sim estava frustada com o que aconteceu, mas achei a situação um tanto quanto engraçada e a cara da (SeuNome) estava me fazendo segurar o máximo que podia o riso. - Não é mesmo (SeuApelido)? - Eu ainda ria.
- É, sem problemas. - Ela disse bufando com o nariz, muito fofa. - Vem Demi! Vamos pro meu quarto. - Falou me puxando pela mão e fuzilando a Amanda com os olhos.
 As coisas estão melhorando, o quarto dela é o comodo que eu mais quero conhecer desde que cheguei aqui.
- Bem, esse é o meu quarto e essa é minha cama. - Adoro camas, pensei. - Sente-se. - Só isso!? Achei que ela iria me mandar deitar e tirar a roupa.
- Gostei, então, porque me trouxe aqui? Vai abusar de mim? - Espero que a resposta seja sim, já que essas perguntas foram feitas cheias de segundas intenções, ela apenas riu.
- Acabei de me mudar, e preciso arrumar minhas coisas e para isso preciso de ajuda. - Já estava sentada, olhei para cima para poder encara-la melhor. - E adivinha quem que irá me ajudar? - Ela me lançou um sorriso.
- Tá brincando né? Achei que iriamos brincar de médico. - Acho que pensei auto dessa vez, ela me olhou com uma cara de duvida. - Só estava brincando. - Eu não estava, mas tentei descontrair o clima.
- Boba! - Ela riu, mas tinha um ar de decepcionada. - Vai Dem, me ajuda! - Disse toda manhosa e eu gostei, mas espera, ela me chamou de Dem!? Ela me chamou de Dem pela primeira vez! Vou chorar.
- Não quero. - Me fiz de manhosa também e joguei-me para trás, deitando na cama.
- Não tem que querer, é só ajudar. - Ela sorriu.
- Eu não, não arrumo nem as minhas coisas.
- Vem. - Ela estendeu as duas mãos na minha frente para me puxar e me levantar e as peguei.
 Ela me puxou, mas eu sei ser bem forte quando quero, a puxei com mais força e jogando todo meu peso para trás, isso fez com que a (SeuApelido) caísse sobre mim, essa não era a intenção, mas acabei gostando do resultado. Fiquei encarando seus olhos, sua boca, seu belo rosto, a forma com que suas narinas se mexiam no mesmo ritmo da sua respiração e foi ai que percebi que ela estava gostando disso tanto quanto eu.
 Esperei pela sua aproximação, que parecia estar demorando séculos, então quando finalmente ela tomou a iniciativa:
- Meninas já est... merda, me desculpem novamente, mas vocês deveriam trancar a porta. - Disse a Amanda entrando no quarto e fazendo com que a (SeuNome) saísse de cima de mim, achei que ela fosse enforcar a Amanda.
- E você deveria bater na porta. - A (SeuApelido) parecia bem zangada.
- Desculpa só vim avisar que estou indo.
- Tá, tá, agora vai. Tchau! - Ela empurrou a Amanda para fora do quarto.
- Tchau Demi! - Disse num tom alto a Amanda já fora do quarto, me fazendo rir.
- Tchau Amanda. - Não aguentava segurar o riso.
- Qual a graça? - Disse seria a (SeuNome).
- Tá brava?- Tentei controlar a risada, mas era involuntário.
- Me responde, qual a graça.
- A sua cara. - Achei que ela fosse me bater.
- Não vejo graça. - Ela disse emburrada.
- Hey bravinha, não fica assim. - Parei de rir. - Me desculpa? - Olhei profundamente nos olhas dela para ela perceber que eu estava arrependida de verdade.
- Ta.
- Ta nada, isso não foi convincente. Vem vamos arrumar suas coisas. - Disse animada
- Ok, pega aquela mala pra mim. - Ela disse e apontou para uma mala que estava em frente a porta da varanda.
- Bela vista. - Enquanto pegava a mala dei uma espiada na visão pela porta de vidro.
- Também acho! - Ela me respondeu.
 Ainda estava de costas enquanto observava a paisagem, mas consegui ver o reflexo da (SeuNome) no vidro da porta e pude perceber que a vista que ela se referia não era a mesma que a minha. Ela olhava para minha bunda, que safada! Ri mentalmente daquela situação.
 Terminamos de guardar as coisas, eu estava exausta, afinal, nunca faço esse tipo de coisa, acho que ela também não está acostumada a fazer isso, porque quando terminamos as duas nos jogamos uma ao lado da outra na cama.
- A Amanda não se importa de você ficar deitada com outra pessoa em uma cama?
- Não, por que ela se importaria?
- Sei lá, qual sua relação com ela? - To sendo muito direta?
- Por que quer saber?
- Curiosidade.
- Sei. - Que insuportável essa garota, o que custa ela me responder?
- Ok, não me importo. Que saco!
- O que?
- Esquece. - Coloquei meus braços sobre meus olhos.
- Ela é minha melhor amiga.
- Tanto faz! - Disse sem mover meus braços.
- Ei, cade aquela Demi bem humorada de alguns minutos atrás? - Pude sentir ela se inclinando pra perto de mim. - Será que ela está debaixo dessas andorinhas? - Ela disse passando as pontas dos dedos suavemente sobre a minha tatuagem, o que me fez arrepiar. - Deixa eu ver. - Ela levantou meus braços, me fazendo sorrir. - Aí está ela! Te achei!
- Chata! - Falei rindo.
- Teimosa! - Ela me mostrou a língua.
- Criança!
- Sou uma bela criança feliz! - Disse sorridente.
- Bela mesmo. - Ela ficou vermelhinha. - E agora também é uma bela criança feliz e envergonhada, o que te deixa ainda mais bela.
- E falando isso você me deixa ainda mais envergonhada.
- Que fofa! - Ela me olhou. - Desculpa.
- Mudando de assunto, antes que eu vire um pimentão, como fica nosso jantar amanhã?
- Depende, como fica o Julio?
- Quem?
- O Julio, aquele que se expressa melhor que eu. 
- Ah, claro. - Ela riu.
- Saudades graça.
- Quando te contar quem é vai ver que tenho motivo para achar graça.
- Duvido muito. - Ela se levantou e pegou uma agenda de dentro da sua bolsa.
- Ta vendo? - Ela me mostrou a agenda.
- O que é isso? - Ergui minha sobrancelha.
- O Julio.
- E eu sou a rainha Elizabeth! 
- Então eu deveria me ajoelhar aos seus pés. - Vou estrangular ela.
- Isso é serio? - Tentei me controlar.
- Por que eu mentiria?
- Tudo bem eu acredito, não deveria, mas acredito, não consigo desconfiar de você. O que é o Julio?
- Meu diário, é eu sei, é vergonhoso.
- Não, o meu se chama Marshmallow. - Ela me olhou segurando o riso. - É serio!
- Tudo bem. - Ela começou a rir.
- Babaca! - Eu ainda estava deitada.
- Quem é babaca? - Ela disse de um modo desafiador.
- Você! - Disse sem medo.
- Eu?
- É!
- Repete isso com todas as letras!
- Você. É. Babaca. - Falei pausadamente.  Quando terminei de falar ela pulou em cima de mim e começou a fazer cocegas. - Não. Para. Para com isso. Para, para agora! - Eu gritava, implorava para ela parar, achei que iria morrer.
- Repete que eu sou babaca!
- Não! - Eu continuava gritando e rindo.
- Fala! - Ela ainda estava em cima de mim.
- Nãaaaaaaao! - Eu ria extremamente alto.
- Teimosa, vai ter que sofrer um pouco mais pra aprender. - Ela intensificou as cocegas.
- Você é linda, maravilhosa, me desculpa. Por favor para com as cocegas, eu lhe imploro.
- Eu sou linda é? - Ela parou com as cocegas.
- Não. - Ainda havia o efeito das cocegas sobre mim e ainda ria. Ela ameaçou voltar com as cocegas. - Quero dizer, sim, você é! - Disse sorrindo, na esperança que ela parasse.
- Você também é. - Ela falou com um tom de voz mais baixo, tranquilo e sereno. 
 De repente um silencio se instalou no quarto, um silencio bom, um silencio gostoso, um silencio que dizia tudo que eu queria ouvir. Ficamos nos encarando, estava com medo de algo nos atrapalhar novamente, ela começou se aproximar e eu fechei os olhos a espera do toque dos seus lábios nos meus. Finalmente, senti o peso do seu corpo ficar maior sobre o meu e logo senti sua boca tomando conta da minha.
 Como posso explicar? Dizendo que senti borboletas no estomago? Sim, senti! Falar que tive um friozinho na barriga? Sim, eu tive! Não queria nunca mais sair daquele quarto, não queria que o beijo acabasse nunca. Os lábios dela eram mais macios do que eu imaginava, o gosto da sua boca era mais doce do que o da minha sobremesa preferida. Fui as nuvens, posso dizer com toda certeza que nunca me senti assim com ninguém, nem nos meus melhores tempos com o Joe ou nos meus melhores dias com o Wilmer. Já havia percebido que ela é diferente antes, mas durante o beijo senti que ela era a pessoa certa para mim, pode parecer besteria ou ilusão,  posso estar me entregando demais a esse sentimento, mas estou afim de me arriscar e enfrentar as consequências. 
 Uma onda de emoções percorria todo o meu corpo cada vez que nossas línguas se tocavam, um choque de felicidade invadia todo o meu ser. Cada célula do meu corpo foi entregue a esse beijo, fomos parando o beijo vagarosamente, sem muita vontade, foram vários selinhos até o fim, eu não ousaria abrir meus olhos tão cedo. Ela começou a se afastar de mim e se jogou do meu lado, ficamos um bom tempo sem nos mexer, parecia que havíamos até parado de respirar pra não fazer barulho algum, virei minha cabeça e abri meus olhos de vagar, pude ver que ela sorria e ainda estava com os olhos fechados. 





Por favor preciso muito saber a opinião de vocês sobre esse capitulo, então comentem mais do que nunca.

Antes que eu me esqueça novamente, leiam esse imagine http://sualmdemi.tumblr.com/ ok? Então meus amores comentem bastante, acho que não ficou tão grande quanto eu imaginei que ficaria. Vou tentar postar mais um hoje ou durante a madrugada, vamos ver se sai.